Esta parece ser uma pergunta bastante simples para muitas pessoas e talvez complexa para outras.

Vamos descobrir porquê.

A Região Demarcada do Douro é a mais antiga região vinícola demarcada do mundo e é também Património Mundial da UNESCO. O seu nome deve-se ao rio Douro e aos seus afluentes que marcam esta região com uma extensão de 250 000 hectares entre Barqueiros e Barca d'Alva. Este belíssimo lugar caracteriza-se pelas suas pitorescas paisagens e pelas suas típicas e tradicionais vilas históricas, como por exemplo o Peso da Régua e o Pinhão.

Descubra porque é que o Vale do Douro é ideal para os amantes do vinho e da natureza.

Com mais de um milhar de vinhas plantadas, a beleza natural da fantástica paisagem duriense é o resultado do árduo trabalho manual dos viticultores da região.

É aqui que se produz o vinho do Porto. Considerado o maior de todos os vinhos fortificados, este vinho tem desempenhado um papel fundamental no crescimento económico e turístico da região do Douro.

Tudo começou na segunda metade do século XVII, graças ao Tratado de Windsor, que permitiu reforçar o comércio entre ingleses e portugueses.

Nessa altura, o centro do comércio do vinho não era a cidade do Porto, mas a cidade costeira de Viana do Castelo.

Aqui, os comerciantes portugueses começaram a exportar o conhecido Vinho Tinto Português. O Vinho Tinto Português era um vinho leve e ácido produzido na região do Minho. No entanto, este vinho não satisfazia as exigências gustativas dos ingleses, que preferiam vinhos mais fortes e com um toque de doçura.

Foi nesta altura que os produtores de vinho portugueses e ingleses começaram a explorar mais o território português.

Ao chegarem à região do Douro, depararam-se com uma região que reunia as condições climatéricas e geográficas ideais para a produção de um vinho muito especial que iria trazer uma revolução vitivinícola à região, o Vinho do Porto.

Embora o Vinho do Porto seja produzido na região do Douro, é envelhecido em várias caves na cidade de Vila Nova de Gaia, perto do Porto, pois é aí que se encontram as melhores condições climatéricas para o envelhecimento. Saiba porque é que as caves de vinho do Porto se situam em Gaia.

O Douro tem uma das paisagens mais admiradas devido aos socalcos que foram construídos nas colinas e que apresentam uma beleza inconfundível.

Esta região divide-se em três sub-regiões denominadas Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior. Todas elas são distintas devido a fatores climáticos e socioeconómicos. Existem várias excursões e passeios de um dia no Douro que foram criados para mostrar aos visitantes as especificidades de cada sub-região e a beleza natural única do Douro. 

Em geral, o clima é bastante seco e os aglomerados montanhosos protegem as vinhas dos ventos.

Baixo Corgo

A sub-região do Baixo Corgo, situada junto à Serra do Mourão, é a região mais ocidental do Douro e compreende a região desde Barqueiros até ao rio Corgo.

O Baixo Corgo representa mais de metade da região demarcada. Esta sub-região tem um território mais pequeno, mas apresenta uma maior percentagem de ocupação de vinha plantada (51%). O clima é mais ameno e húmido e, por isso, o mais fértil.

O vinho do Porto produzido no Baixo Corgo é mais leve e maduro, o que torna os vinhos desta sub-região mais jovens. O carácter frutado é uma das marcas desta região que tem associado a si castas como a touriga nacional tinta, touriga franca, tinta barroca, tinta roriz e tinto cão. As castas brancas presentes são a Malvasia Fina, o Gouveio, o Rabigato e o Viosinho.

Os Vinhos do Porto associados a esta zona do Douro são Vinhos do Porto Tintos encorpados e frutados, onde estão incluídos os Vinhos do Porto Ruby's por serem essencialmente vinhos mais jovens. Este vinho do Porto é normalmente envelhecido em balseiros e cascos de carvalho durante cerca de 2 / 3 anos. Caracterizam-se por uma cor rubi radiante e agradáveis notas de frutos vermelhos e silvestres. São ideais para acompanhar com chocolate e queijo.

Cima Corgo

Os principais produtores e a maioria dos melhores Vinhos do Porto provêm do Cima Corgo. Esta região é suportada pelo Baixo Corgo e estende-se para oeste até Cachão de Valeira, onde se situa o concelho de Alijó, no distrito de Vila Real; os concelhos de São João de Pesqueira e Tabuaço, pertencentes ao distrito de Viseu; e Vila Nova de Foz Côa, do distrito da Guarda.

As encostas desta região apresentam um relevo acidentado e os vales dos rios tornam-se profundos com formações geológicas essencialmente xistosas, o que torna as condições do solo mais agrestes.

Graças a uma maior concentração de açúcar nas uvas, esta sub-região produz vinhos de um segmento superior de vinho do Porto, como os Tawnies e os Vintage.

Os Tawnies permanecem em cascos de carvalho durante muito tempo e têm um grande contacto com a madeira, apresentando um complexo aroma a nozes, a madeira fina de carvalho e a caramelo, que se intensificam consoante o tempo de permanência no casco.

Os vinhos do Porto Vintage são o resultado da melhor produção de um único ano excecional. Apresentam uma cor rica, uma estrutura sólida e aromas intensamente frutados. Após a vinificação, estes vinhos permanecem em tonel durante 2 a 3 anos, sendo mais tarde engarrafados e envelhecem em garrafa.

Douro Superior

Na terceira sub-região, Douro Superior, o número de produtores é inferior ao número de hectares de vinha e o clima é desértico, com temperaturas que atingem os 50º no verão.

A fruta é tipicamente mais madura, com muita intensidade, podendo por vezes assemelhar-se a vinhos alentejanos.

Embora se produzam alguns bons vinhos do Porto no Douro Superior, este não é o ponto fulcral desta sub-região. O Douro Superior é conhecido pela sua contribuição para os vinhos de mesa.

Como pode ver, os vinhos são distintos entre si, uns mais encantadores, outros mais elegantes e surpreendentemente frescos e há ainda aqueles que nunca esquecerá, como os vinhos do Porto e do Douro.

Uma visita ao Douro é um momento especial que pode ser desfrutado em qualquer altura do ano.

A primavera é uma estação marcada por temperaturas amenas, uma explosão de cores e a floração das vinhas, sendo esta a altura ideal para visitar as quintas vinícolas e provar os saborosos vinhos do Porto.

No verão, é a altura ideal para desfrutar de uma agradável prova de vinhos num terraço ao ar livre e apreciar a bela paisagem natural.

A época mais importante do Douro é, sem dúvida, a das Vindimas, que decorre entre setembro e outubro e constitui um período de grande atração turística para a região. Turistas de todo o mundo vêm ao Douro para participar na experiência das vindimas, uma festa do vinho, marcada por festivais e eventos especiais.

No inverno, apesar das temperaturas mais baixas, esta é a altura ideal para desfrutar de uma agradável prova de vinhos junto à lareira numa adega e participar em atividades enológicas mais íntimas.

Para quem estiver interessado numa experiência vínica única, pode fazer um tour de vinhos ao Vale do Douro com guia profissional, visita a adegas, apresentação de vinhos por sommeliers e, claro, provas. Poderá também fazer esta visita exclusiva em privado.

Existe ainda a possibilidade de realizar um Passeio Premium no Vale do Douro. Esta visita de grupo pequeno (máximo até 8 pessoas) levá-lo-á até às encantadoras paisagens do Douro, com um guia profissional, visita a adegas, provas de vinhos, almoço numa vinícola e um cruzeiro num barco rebelo.

Se o vinho não for o seu principal interesse, também pode fazer uma visita de um dia ao Vale do Douro que segue outros interesses como a história da região e de Amarante, miradouros fantásticos, onde pode ver a fantástica biodiversidade da região e comida típica. E não se preocupe, algumas provas de vinho e visitas também. Este tour poderá ainda ser realizado de forma privada e exclusiva.

Nos últimos anos, esta região tem sido cada vez mais visitada não só por amantes do vinho, mas também por aqueles que querem aprender e explorar esta região.

O mágico, histórico e surpreendente Douro aguarda a sua visita para lhe dar a conhecer a mais bela região vinícola do mundo.

Saiba mais sobre passeios, atividades e cruzeiros na região do Douro. E mais ideias no nosso blog da Revista Living.