Liderança? Mas o que significa realmente liderar uma equipa ou uma empresa?

É conseguir que, em equipa, seja produzido o melhor resultado possível, com grande qualidade e reduzindo o melhor esforço e desperdício de tempo e dinheiro.

Quando trabalhamos sozinhos, podemos ficar limitados naquilo que conseguimos realizar e, com o tempo, essas limitações acabam por condicionar a nossa capacidade de fazer crescer uma empresa.

Estas principais limitações são:

1º Conhecimento e Capacidade - Só temos duas mãos para trabalhar e não somos especialistas em todas as áreas necessárias para o desenvolvimento do nosso projeto empresarial.

Ter especialistas nas áreas mais críticas para a empresa, nas áreas chave que contribuem para os resultados, traz um enriquecimento adicional que enriquece o negócio e o torna mais rentável num curto espaço de tempo.

2º Tempo - Façamos o que fizermos, apenas temos 24h em cada dia! Se trabalharmos sozinhos, acabamos por limitar o crescimento do negócio.

3º Escassez de Pontos de Vista - No mundo dos negócios a diversidade é sempre uma mais-valia.

Garantir várias visões, experiências e perspetivas diferentes na mesma equipa é muito útil e enriquecedor para o projeto. Isto porque, nós só vemos aquilo que conhecemos, só pensamos naquilo que à partida nos faz sentido.

Trazer outras pessoas para a equipa e dar-lhes verdadeiramente ouvidos ajuda-nos a alargar a nossa visão sobre o mercado e o mundo, faz-nos pensar de um modo diferente do usual e dá-nos a possibilidade de ver aquilo que podemos nunca ter visto. A multiplicidade de visões e de opiniões amplia o nosso conhecimento, alarga as nossas possibilidades e aumenta as nossas alternativas para escolha.

Ora, quando pensamos em gerir uma equipa, temos mais facilidade em ultrapassar estas limitações com cada pessoa que incluímos no projeto. No entanto, para que o grupo realmente funcione e para que consigamos tirar os máximos resultados dessa situação, temos de conseguir conduzir os colaboradores no caminho do sucesso. Saber tirar o máximo de valor de cada um, manter todos os colaboradores alinhados com os objetivos comuns e envolvidos na prossecução daquilo que é a visão e missão da empresa.

Liderar é um misto entre, por um lado, gerir os colaboradores com exigência para garantir que os resultados aparecem conforme planeado e, por outro, inspirar e envolver diariamente de forma a incentivar e dar aos colaboradores a liberdade para fazerem cada vez mais e melhor, para serem críticos relativamente aos processos internos, para se preocuparem em entregar os resultados esperados e não apenas em cumprir as suas tarefas.

É uma dicotomia difícil de manter. Na prática, é ser simultaneamente o polícia bom e o polícia mau. É ser capaz de apreciar as pessoas pelo que fazem bem, mas também de reprovar os seus comportamentos menos bons. É suprir todas as necessidades da equipa, mas não tolerar os seus caprichos

Um dos princípios fundamentais para nos desenvolvermos no que toca à liderança implica procurarmos informação sobre outras formas de atuação diferentes da nossa, passa por estarmos disponíveis para testar alternativas, assumir que nem sempre temos a melhor resposta, que não somos donos da resposta certa. Só assim estaremos em condições de analisar, decidir e agir com o máximo de conhecimento possível.

Esses líderes vivem o seu dia a dia com as equipas, servem-nas verdadeiramente e não sentem a necessidade de se vangloriarem dos feitos da equipa e da sua importância neste sucesso. Eles incorporam totalmente o valor do Ser a Servir.

São pessoas que sabem controlar o seu ego e que não têm necessidade de colher os louros do seu trabalho individual. O que é importante para eles é que o trabalho produzido pela equipa conduza aos resultados ambicionados pela empresa.

Têm os objetivos claramente traçados, desenvolvem um plano detalhado para lá chegar, acompanham de perto os seus colaboradores, suportam todas as suas necessidades ao mesmo tempo que atribuem a responsabilidade de serem autónomos, medem diariamente os resultados, dão feedback frequente e afirmam a execução para garantir o cumprimento dos objetivos estabelecidos.