Living Tours investe 3 milhões e inicia operação própria em Lisboa

Empresa de atividades turísticas, com sede no Porto, comemora 20 anos com aposta em novo segmento de negócios: a organização de eventos.

A Living Tours, empresa de atividades turísticas com sede no Porto, mas que opera em toda a Península Ibérica, atraves de uma rede de parcerias, está a comemorar o seu 20.º aniversário, data que marcará o início da organização de visitas guiadas, com operação própria, em Lisboa.

Em preparação está também o arranque de uma nova área de negócios, a organização de eventos corporate, bem como a abertura de uma nova agência de receção a turistas no centro histórico do Porto. Com um investimento previsto de três milhões de euros na renovação da sua frota terrestre e na aquisição de um segundo barco para operar no Douro, a empresa fundada por Rui Terroso pretende fechar 2024 com vendas de 30 milhões de euros e uma equipa de 300 trabalhadores.

Fundada em 2004, à boleia do Euro 2004, a Living Tours nasceu como Living Portugal, inicialmente, com o pretexto de oferecer visitas guiadas ao património histórico-cultura do Porto e Norte de Portugal. Mas foi só a partir de 2006, com a chegada da Ryanair e das restantes empresas de aviação low cost à cidade, que o negócio arrancou efetivamente.

Hoje, assume-se como “empresa líder de atividade turísticas” no Porto, contando com uma dezena de áreas de negócio distintas, como as excursões, os transfers, a organização de estadias, através da Living Destination Managing Company Portugal e Espanha, estaúltima a operar em Barcelona desde 2015, e os cruzeiros, área de negócios que começou em 2023, com o Party Boat, uma experiência que junta música e bar, numa viagem de duas horas pelas seis pontes no Douro, e que tem sido “um enorme sucesso”, diz Rui Terroso, fundador e CEO da empresa.

Com a compra de um novo barco, duplica a oferta de cruzeiros, com capacidade para 80 pessoas em cada um, e três saídas diárias. No total, a empresa tem uma oferta de mais de 2500 experiências, excursões e visitas guiadas distintas. Conta com uma frota de 50 autocarros e minibus, 12 Tuk Tuk elétricos e 10 viaturas de nove lugares descaracterizadas, que comprou no ano passado para servir uma gama de clientes premium. Previsto está ainda um investimento de meio milhão de euros em tecnologia, designadamente na plataforma de e-commerce da companhia e na integração de sistemas de reservas.

Com 200 trabalhadores, a empresa fechou 2023 com vendas de 16 milhões de euros, um aumento de 50% face ao ano anterior. Para este ano, a meta é crescer mais de 80% e chegar aos 30 milhões, com a “consolidação” das várias de negócio em que já opera e a abertura de novas.

“É um objetivo ambicioso, mas estamos convictos que conseguiremos cumpri-lo”, diz o empresário, que vai reforçar a promoção internacional da empresa. A Living Tours participa em 25 eventos em todos o mundo, com especial destaque para o Brasil, EUA e Canadá, e principais feiras de turismo na Europa, mas vai agora reforçar a aposta com eventos na China, Índia e Dubai, entre outros. A Ásia e o Médio Oriente são as grandes apostas.

Sobre a tão discutida massificação do turismo, Rui Terroso acredita que o setor acaba por ser o “bode expiatório” da falta de oferta de habitação em quantidade suficiente para dar resposta a uma cidade que se tornou um pólo de atração de investimento tecnológico internacional. “Se não fosse o turismo, não teríamos a cidade que temos hoje. Cabe-nos a todos, os que trabalhamos no setor, assegurar que conseguimos um equilíbrio saudável”, defende.

Veja a entrevista completa aqui com a Jornalista Ilídia Pinto.