O desafio da Liderança Moderna
Segundo o pensamento do filósofo chinês Lao Tsé:
“O melhor de todos os líderes é aquele que ajuda os seus seguidores para que eles não precisem mais dele”.
Esta afirmação tem milhares de anos, mas mantem-se completamente atual nos dias de hoje. A verdade é que o conceito proposto por Lao Tsé tem sido ao longo dos anos assimilada e no início do seculo XXI tornou-se mais atual que nunca.
Cada vez mais, os especialistas em gestão e empreendedores destacam as novas habilidades necessárias a um líder com “L” maiúsculo, as quais permeiam mais o lado humano e de gestão de pessoas do que o lado técnico, voltado para os resultados:
Saber ouvir, ser tolerante ao erro, liderar pelo exemplo, trabalhar em equipa e de maneira colaborativa são apenas algumas delas
A velha economia era centrada no custo, baseada na soma: preço matéria prima + custo + margem, e a base de criação de uma empresa eram os artigos tangíveis como dinheiro, instalações e os produtos. O foco estava na produção, na oferta de mercadorias ou serviços.
Com a entrada no século XXI o boom da bolha da internet, a globalização, a queda das fronteiras, a democratização da informação, as novas tecnologias, e uma geração batizada de Millennials passou a questionar os modelos de gestão praticados pelas empresas.
A nova economia tem o foco no cliente, e não na oferta de produto ou serviço.
A equação a ser respeitada passou a ser: Valor = cliente + capital intelectual. Assim a base para a criação de valor é formada por elementos intangíveis, como a capacidade de captar a inteligência dos colaboradores e as necessidades dos clientes. O fator decisivo de sucesso é o gerar valor.
Este novo cenário trouxe um novo leque de competências exigidas aos líderes contemporâneos como compromisso com o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, com a sustentabilidade e com o bem-estar dos colaboradores. Ao contrário do passado, o executivo do século XXI tem de aprender a vida toda e não se pode focar apenas no conhecimento técnico, mas sim, valorizar cada vez mais a formação humanista.
Sobre o novo olhar, ficaram claras as diferenças entre liderança e gestão nos dias de hoje:
- Liderança: foca-se em ajudar as pessoas a entenderem para onde a empresa caminha, onde quer chegar e como fará para alcançar os seus objetivos.
- Foca-se na equipa;
- Trabalha com cultura e visão;
- Desenvolve pessoas;
- Precisa de autoconhecimento;
- Gestão: apoia-se no entendimento do que é preciso fazer para ajustar o percurso e alcançar os objetivos.
- Dá prioridade à atividade;
- Trabalha com metas;
- Desenvolve processos;
- Precisa de método;
Princípios da nova Liderança:
- Liderar é cuidar do conviver produtivo, zelar pela prática permanente de valores compartilhados;
- Liderar é fiar os pactos de confiança, cooperação e corresponsabilidade;
- Liderar é um exercício rigoroso de ética
- Ética no sentido de respeito à singularidade e ao modo próprio de ser das pessoas e das situações.
- Ética no sentido de participação no desenvolvimento e no aproveitamento das possibilidades singulares das pessoas e das circunstâncias.
- Ética no sentido da busca do bem comum e da responsabilidade pelas consequências das suas escolhas e dos seus atos.
A Harvard Business Review desenvolveu, em 2016, o estudo: “The Most Important Leadership Competences, Accordinh to Leaders, Around the World” - As mais importantes competências para um líder, de acordo com líderes à volta do mundo, onde identificaram cinco papéis que as lideranças precisam executar com habilidade:
- Criar um espaço seguro – Um ambiente de confiança e respeito é fundamental para o bom desempenho dos negócios. Quando as pessoas confiam na liderança, tendem a compartilhar novas ideias e comunicam-se com liberdade. Esse comportamento abre portas para a criação de um ambiente de trabalho inovador e colaborativo.
- Dar poder às pessoas para reformar – Líderes são motivados por metas. Os melhores líderes definem metas de como alcançá-las com diretrizes claras. Na sequência, capacitam as suas equipas para tomarem as decisões necessárias para conquistar a meta. Uma força de trabalho com poder será mais produtiva, mais motivada para trabalhar bem e terá maior satisfação naquilo que faz.
- Conectar-se com a organização – Líderes de alta performance impactam diretamente o desenvolvimento de uma empresa unificada e conectada. Os melhores líderes promovem uma comunicação aberta e esforçam-se para que os sentimentos de sucesso e fracasso sejam partilhados por todos. Quando os colaboradores sentem que também são responsáveis pelo sucesso do grupo, eles demonstram mais proatividade e envolvimento. Por outro lado, se não houver uma liderança clara nessa direção, eles tendem a não atingir o seu potencial máximo.
- Promover a aprendizagem organizacional – Os líderes de sucesso demonstram flexibilidade, são abertos a novas ideias e tentam continuamente melhorar as condições de trabalho para todos, independentemente da posição. Garantir um ambiente seguro para que os exercícios de experimentação ocorram, com erros e acertos, é um dos aspetos pontuais da aprendizagem organizacional. Quando as pessoas percebem que têm liberdade para testar novas ideias e que não serão punidas caso algo dê errado, elas tendem a assumir mais riscos. Vale lembrar que são esses erros que abrem caminho para a inovação e ampliam a vantagem competitiva.
- Incentivar o crescimento individual – O sucesso de uma empresa no longo prazo depende, entre outras coisas de uma boa liderança e de melhorias continuas. Por isso, cabe ao líder comprometer-se com a formação continua dos colaboradores em todos os níveis. Líderes que investem no crescimento das pessoas na organização são recompensados com maiores índices de desempenho e comprometimento à empresa.
Esta é a Liderança em que acreditamos na Living Tours e já praticada pelos Gestores e Lideres no dia a dia da nossa organização.
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