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Matilde Oliveira |

Viagem ao Douro Histórico e Cultural

 

No Norte de Portugal, entre vales pitorescos e vistosos vinhedos, encontra-se o Douro. Visitado por diversos turistas de todas as partes do mundo, esta região é conhecida pela produção de vinhos excecionais. No entanto, o Douro é um verdadeiro centro de riqueza histórica e cultural.

Venha descobri-lo connosco.

 

Património Mundial: A Fascinante Paisagem Cultural do Vale do Douro

 

 

Considerado Património Mundial da Unesco, o Douro é uma verdadeira obra-prima natural e humana.

Conhecido pela sua paisagem cultural deslumbrante, marcada pelas encostas íngremes, socalcos e inúmeras vinhas, é considerado por muitos o lugar ideal para todos os amantes de natureza, história e cultura.

Foi graças à combinação entre os fatores geográficos e o engenho humano, que a região do Douro foi considerada Património Mundial pela Unesco em 2001.

Este reconhecimento internacional foi muito importante para o crescimento económico e turístico da região, tornando-se um dos lugares mais visitados e prestigiados de Portugal.

 

Os Vinhedos Centenários: Uma Viagem pelas Quintas Tradicionais

 

 

Localizadas nas encostas íngremes do Douro, as Quintas Tradicionais do Douro representam a riqueza histórica e cultural da atividade vinícola nesta região e são responsáveis pelo processo de produção dos fantásticos vinhos do porto.  

É nestas quintas que se realiza todo o processo de produção de vinhos, desde a colheita manual das uvas até à tradicional pisa a pé nos lagares.

Para além da produção do vinho, estas quintas realizam atividades enológicas para turistas de todas as partes do mundo. Estas atividades costumam englobar requintadas degustações de vinho, agradáveis passeios pelas vindimas e a oportunidade de participar em atividades mais festivas da região, como por exemplo as vindimas.

Alguns exemplos destas maravilhosas quintas são: a Quinta da Avessada, a Quinta do Tedo, a Quinta de São Luiz.

Uma visita a uma Quinta tradicional do Douro é a oportunidade ideal para vivenciar o amor pela viticultura e herança enológica, em cenários idílicos.

 

Tradições Vinícolas: A Arte do Cultivo e Produção de Vinho na Região

 

 

Com mais de 30 mil viticultores e com uma área vitícola de cerca de 40 000 hectares, o Douro é conhecido nacionalmente e mundialmente pela sua produção fantástica de Vinhos do Porto.

Para além de ser conhecido pela sua forte capacidade de produção vínica, o Douro também é famoso pela sua paisagem cultural que é um verdadeiro testemunho da engenhosidade humana e da forte ligação entre a natureza e a cultura.

 

História dos Barcos Rabelos: Navegando nas Águas do Rio Douro

 

 

Sabia que os barcos rabelos tiveram um papel fundamental no transporte do vinho do porto do Douro até às Caves de Vinho situadas em Vila Nova de Gaia?

Tudo começou no século XVIII, quando os produtores de vinho durienses perceberam que o Rio Douro era o lugar ideal para realizar o transporte dos vinhos do porto.

Desta forma, procedeu-se à construção de robustas embarcações que se denominaram por Barcos Rabelos. Os barcos rabelos eram desenhados para sobreviver às correntes rápidas do Rio Douro. Desta forma, foram criados com um fundo achatado que era construído através de tábuas sobrepostas.

Geralmente, estas embarcações teriam um comprimento entre 19 e 23 metros e poderiam transportar até 100 pipas.

 

 

Inicialmente, estas embarcações eram construídas em pinhão e movidas a velas, no entanto com os avanços tecnológicos e com a invenção do motor a vapor, este transporte tornou-se mais rápido e eficaz.

A Época dos Barcos Rabelos atingiu o seu auge no século XIX, quando se realizou a maior comercialização e dignificação dos vinhos do porto.

Com a construção da primeira linha ferroviária do Douro terminada em 1887 e com o desenvolvimento das comunicações rodoviárias, verificou-se uma diminuição na utilização dos Barcos Rabelos, no entanto, estas embarcações típicas portuguesas permaneceram como símbolos nacionais do património histórico e cultural do Douro, sendo atualmente preservados como atrações turísticas.

Desta forma, poderá aproveitar para realizar um passeio no Douro em Barco Rabelo com a duração de 1 hora ou para aqueles que preferem vivenciar um pouco mais esta experiência poderão realizar um passeio de 2 horas.

 

Gastronomia do Douro: Sabores que contam História

 

 

A gastronomia do Douro é uma verdadeira viagem aprazível pelos diferentes sabores que refletem a diversidade paisagística da região e os diversos produtos locais.

Cada sub-região do Douro contribui para o saboroso espetáculo gastronómico do Douro.

No Cima Corgo predomina uma verdadeira comemoração de sabores intensos e aromas exuberantes.

À mesa sobressaltam-se o delicioso Bacalhau à Brás, temperado com o saboroso azeite do Douro e com pequenos pedaços de alho; os pratos de carne, bem temperados e com paladares exuberantes demonstram a forte ligação da gastronomia duriense à terra.

E claro não nos podíamos esquecer do principal, as deliciosas e suculentas azeitonas, temperadas com os maravilhosos azeites locais e os saborosos enchidos, como os presuntos e os chouriços, que completam toda esta experiência gustativa.

Já no Baixo Corgo, onde se sente com maior relevância a brisa atlântica existe uma maior preferência por pratos reconfortantes e aconchegantes, como a apetitosa posta transmontana, que ressalta os sabores regionais durienses. Aqui, destacam-se os saborosos peixes pescados no rio, ressaltando-se a truta grelhada e o típico arroz de polvo que ressaltam os aromas sofisticados fluviais.

Para dar sabor a estes deliciosos pratos são utilizados produtos agrícolas locais, como por exemplo os tomates e os pimentos colhidos nas pequenas hortas, que acrescentam cores vibrantes e sabores distintos a estes maravilhosos pratos acompanhados por saborosos vinhos jovens.

 

 

No Douro Superior, com uma paisagem mais acidentada, predominam os sabores intensos e os aromas silvestres.

Destacando-se os exuberantes pratos de carne, marcados pelo seu alto teor de suculência, como por exemplo o famoso borrego cujo segredo do tempero está nas ervas aromáticas que crescem nas encostas das paisagens durienses.

Nesta sub-região destacam-se ainda as saborosas e gustativas sobremesas feitas com produtos locais como os figos e as amêndoas.

De uma forma geral, a gastronomia do Douro é o verdadeiro testemunho da relação íntima entre a população local, a terra e o clima, criando uma experiência gastronómica autêntica e inesquecível para todos aqueles que visitam o Douro.

 

Arquitetura Vinícola: Casas Senhoriais e Solares no Vale

 

 

Nas encostas íngremes do Douro, perto das margens do rio, erguem-se grandiosamente as Casas Senhoriais e os Solares Durienses.

Espectadoras da passagem do tempo, estas propriedades seculares ricas em história e cultura moldam a paisagem autêntica do Douro.

Muitas destas casas seculares foram construídas em tempos de abundância. Isto permitiu, a construção de grandes obras-primas arquitetónicas, caracterizadas por uma combinação de estilos arquitetónicos entre o barroco e o neoclássico. Nestas casas, destacam-se os vastos jardins, com árvores centenárias, roseiras e canteiros floridos que embelezam ainda mais estes espaços.

O interior destes espaços é uma verdadeira viajem no tempo. Aqui, ressaltam-se os antigos salões, decorados com móveis entalhados e diversas antiguidades.

Visitar estas obras-primas arquitetónicas é uma oportunidade para mergulhar na tradição vinícola e na herança histórica e cultural destes charmosos lugares.

Para todos aqueles interessados em vivenciar esta experiência inesquecível, são inúmeras as casas seculares que poderão visitar.

No entanto, no Douro destaca-se uma em particular a Casa Secular de Fernão Magalhães, navegador português que liderou a primeira expedição Circum-Navegação do globo. Localizada em Sabrosa este é um ponto de paragem obrigatória para todos aqueles que visitam o Douro. Acredita-se que esta foi a casa onde nasceu o navegador.

 

Festivais e Celebrações: O Espírito Festivo do Douro – Vindimas

 

 

Para além de ser conhecido pelas suas fantásticas paisagens, o Douro também é famoso pela sua riqueza cultural e histórica.

São inúmeros os festivais e rituais agrícolas que decorrem na região ao longo do ano. Caracterizados por celebrações e festividades que homenageiam a forte ligação das populações locais com a terra que molda a paisagem do Douro.

Nestas celebrações predominam os desfiles coloridos, as músicas tradicionais, as danças típicas, como o folclore e os mercados agrícolas, onde se destacam os produtos agrícolas da região. Para além disto, realizam-se eventos educativos e culturais como as palestras e os workshops.

Alguns exemplos destas festividades são: a Festa de São João da Pesqueira; a Festa da Nossa Senhora dos Remédios e a Festa de São Vicente, em Lamego;

Em Miranda do Douro, durante os invernos, festejam-se as chamadas festas solsticiais, conhecidas na região como rituais culturais.

Nestas festas, destacam-se as figuras dos chamados Pauliteiros de Miranda, que com as suas danças tradicionais, fascinam todos aqueles que visitam este belo lugar.

E claro que não nos poderíamos esquecer da Época Festiva das Vindimas, que se realiza entre setembro e outubro e é das épocas mais importantes para a região, marcada por atividades enológicas, festivais e eventos especiais.

 

Personagens Ilustres: Figuras que marcam a História do Douro

 

 

Ao longo dos anos, diversas figuras ilustres da literatura e da história contribuíram para a moldagem da paisagem cultural do Douro. Estas notáveis personalidades tornaram-se essenciais para a história da região.

Uma figura bastante ilustre para o Douro, foi sem dúvida o Marquês de Pombal. Foi no dia 10 de setembro de 1756, que Sebastião José de Carvalho criou a Companhia Geral da Agricultura dos Vinhos do Alto Douro, que contribuiu para a criação da região demarcada mais antiga do mundo, o Douro DOC.

Fernão de Magalhães, um notável navegador português que no século XIX ficou bastante conhecido pela expedição que levou a cabo, a Circum-Navegação do Globo. Desta forma, o seu nome ficou associado à Casa Senhorial de Fernão Magalhães.

Outra figura notória foi D. Antónia Adelaide Ferreira, também conhecida como Ferreirinha, liderou no século XIX, a famosa Casa Ferreirinha, produtora de vinhos excecionais no Douro.

 

 

O inglês, Joseph James Forrester, também foi uma figura bastante marcante para a região, uma vez que foi um produtor de vinhos e defensor dos direitos dos viticultores durienses.

A nível literário, o grande escritor português, Eça de Queiroz, que apesar de não ter nascido no Douro, imortalizou a região na sua conhecida obra “A Cidade e as Serras”.

Também, Adolfo Correia Rocha que era originário do Douro, um dos mais influentes escritores portugueses na modernidade, fez diversas referências da região do Douro nos seus poemas e outros livros. Talvez o conheça pelo seu pseudónimo que o tornou famoso, Miguel Torga.

 

 

Uma visita ao Douro é uma verdadeira experiência inesquecível que o irá envolver na riqueza cultural e histórica duriense. É um convite para saborear os deliciosos vinhos aqui produzidos e para conhecer a herança ancestral e local deste belíssimo lugar.

 

Se ficou com curiosidade em conhecer esta maravilhosa região, explore as 10 Melhores atividades a não perder no Douro e descubra porque é que o Vale do Douro é ideal para apreciadores de vinhos.

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| Vale do Douro




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