Voltar ao blog Patrimônio da UNESCO em Portugal
Marco Moura |

Patrimônio da UNESCO em Portugal

 

Portugal é o país com as fronteiras continentais mais antigas da Europa, desde o sec. XII. Para além disso foi um dos países que mais contribuiu para a globalização mundial, com a sua expansão marítima iniciada no sec. XV. Não admira por isso, que seja um país com muita história, tradições, culturas, gastronomia, e natureza diversa. E que os seus habitantes tenham um forte sentido de identidade e independência.

Possui um vasto legado material e imaterial, que serve a memória e a inspiração. Parte dos sítios foi submetido ao processo longo e rigoroso das candidaturas a Património Mundial da UNESCO.

A UNESCO reconheceu e aprovou 25 candidaturas de Portugal. São 17 os sítios reconhecidos como Património Material Mundial da UNESCO. E são 8 as expressões culturais a quem foi dado o estatuto de Património Imaterial Mundial.

 

Lista completa dos 17 sítios reconhecidos como Património Material Mundial da UNESCO em Portugal, por data:

Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo nos Açores (1983)

Convento de Cristo em Tomar (1983)

Mosteiro da Batalha (1983)

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém em Lisboa (1983)

Centro Histórico de Évora (1986)

Mosteiro de Alcobaça (1989)

Paisagem Cultural de Sintra (1995)

Centro Histórico do Porto, Ponte Luiz I e Mosteiro da Serra do Pilar (1996)

Sítios de Arte Rupestre Pré-Histórica no Vale do Côa (1998)

Floresta Laurissilva na Madeira (1999)

Região do Alto Douro Vinhateiro (2001)

Centro Histórico de Guimarães (2001)

Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico (2004)

Cidade-Quartel de Elvas e suas Fortificações (2012)

Universidade de Coimbra – Alta e Sofia (2013)

Real Edifício de Mafra (2019)

Santuário do Bom Jesus do Monte em Braga (2019)

 

Neste artigo falaremos sobre a lista completa de sítios que compõem o Património Mundial Material de Portugal pela UNESCO. Os primeiros sítios reconhecidos oficialmente pela UNESCO datam de 1983 e os últimos de 2019.

Começaremos do Norte para o Sul continental e incluiremos os Açores e Madeira.

 

Braga UNESCO

 

 

Em 1373, já se registavam sinais de atividade contemplativa e construção de uma Ermida no lugar onde hoje é o Santuário do Bom Jesus do Monte em Braga. A segunda Ermida chegou bem mais tarde, em 1494. Em 1629, houve a criação da Confraria do Bom Jesus do Monte e lá edificaram uma capela. O Santuário do Bom Jesus tal como conhecemos hoje, surge em 1722 iniciado por D. Rodrigo de Moura Teles. Uma nova basílica foi concluída em 1811.

Para se chegar ao topo onde está a Basílica, encontramos uma enorme escadaria repleta de significado teológico e espiritual. São 573 degraus no total, intercaladas em escadórios. O Escadório do Pórtico começa com um arco de 7 metros de altura e 4 metros de largura, e a subida faz-se por entre vegetação densa, através de 376 degraus. Ao longo da subida, as etapas da Via-Sacra são retratadas em capelas. Aí finda a primeira etapa. Segue-se o Escadório dos 5 Sentidos, assim chamado porque em cada lanço de escadas existe uma fonte correspondente a um dos sentidos humanos: visão, olfacto, audição, tacto e paladar. A próxima etapa é o Escadório das Virtudes, assim chamado porque podem encontrar-se fontes alusivas à Fé, Esperança e Caridade. Se se sentir cansado, o Largo do Pelicano (ou terreiro de Moisés) é ideal para fazer uma pausa na subida, contemplar a vista e admirar o jardim barroco. Mais uns lanços de escadas e chega-se ao topo, finalmente. O Adro do Bom Jesus, onde pode ver um conjunto de estátuas representativo de personagens bíblicas ligadas à Paixão de Cristo: Caifaz, Herodes e Pilatos de um lado e José de Arimateia, Nicodemos, Centurião, entre outros.

A Basílica situada na área do Adro, é o término desta ascensão, que pretende ser também espiritual. De estilo neoclássico, foi desenhada por Carlos Amarante por encomenda do Arcebispo D. Gaspar de Bragança. Ponto central e simbólico de todo o Santuário. Fim da caminhada, e peregrinação, para os crentes. Está aberta ao público com celebrações de missa e outros eventos como procissões, batizados ou casamentos.

Pode ainda desfrutar dos extensos jardins e lago. Grutas, trilhos por descobrir, coretos e lagos, fazem deste parque um espaço único de diversão para toda a família. Conta ainda com restaurantes, cafés e outras infra-estruturas de apoio ou lazer.

O Santuário do Bom Jesus, é um dos símbolos da cidade de Braga que vale muito uma visita, quer seja crente ou não, com tempo de preferência.

Destaques e dicas:

➼ Aproveite para andar no elevador (ou funicular) mais antigo do Mundo (1882), ainda a operar.

➼ São 17 as capelas que representam a via sacra no Bom Jesus de Braga. Cada uma, vale um espreitar.

➼ Não deixe de visitar o centro da cidade, incluindo a antiga Sé de Braga.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 2019

Excursões e visitas guiadas Braga

 

Guimarães UNESCO

 

 

Guimarães é uma cidade única em Portugal, com uma forte identidade, sentido de raízes e vibrante de dia ou de noite. É aqui que se presume que nasceu D. Afonso Henriques, primeiro rei português. Foi ele quem assumiu a chefia do Condado Portucalense, futuro reino. Guimarães foi a primeira capital do novo reino de Portugal, e ostenta com orgulho nas suas muralhas a inscrição “aqui nasceu Portugal. Por isso é conhecida como o “Berço da Nação”.

O centro histórico de Guimarães, cuja história está intrinsecamente ligada à formação da identidade nacional de Portugal, conserva um conjunto de construções históricas que ilustram a evolução, desde a Idade Média até aos dias de hoje. É formado por um conjunto de edifícios, praças e ruas, de grande valor histórico e artístico. Percorrer, a pé, as ruas do Centro Histórico é descobrir os segredos de um património cultural ancestral, e a melhor forma de visitar. Ruas estreitas, ladeadas de casas singulares, muitas vezes coloridas e floridas. A Rua de Santa Maria é um bom exemplo, trajecto de fachadas quinhentistas, varandas de madeira e casas nobres, como a Casa do Arco.

O Largo da Oliveira e a Praça de Santiago são centrais no centro histórico. É no primeiro que se encontra Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (antigo convento). O estilo gótico predomina na fundação dos edifícios de arquitetura religiosa monumental. Actualmente, nestas duas praças pode encontrar diversos bares e restaurantes, espectáculos culturais, cinema ao ar livre e a recriação de mercados medievais.

A igreja de S. Francisco e a Igreja de S. Domingos merecem uma visita. Os cruzeiros são monumentos característicos, com a representação da cruz e decoração escultórica. Estão dispersos pela cidade. O Museu Alberto Sampaio oferece exposições dinâmicas e interessantes, em todo o ano.

O grande esforço de recuperação e preservação deste Centro histórico parece compensar. Tanto pela excelente impressão que deixa nos seus visitantes, como no orgulho dos habitantes de Guimarães.

Além disso, a expansão da área designada em Guimarães dobrou o seu tamanho ao incluir a Zona de Couros. A área de proteção será agora cinco vezes maior do que anteriormente, abrangendo desde o topo da montanha da Penha, onde nasce a Ribeira de Couros, até à Veiga de Creixomil, abrangendo a foz dos cursos de água.

Destaques e dicas:

➼ Não deixe de visitar o castelo medieval de Guimarães, imortalizado por Alexandre Herculano no livro “O Bobo”. E o Paço dos Duques de Bragança, sec. XV. Neste último, tente contar quantas chaminés têm. Poucos acertam.

➼ Visite o santuário da Penha, uma colina perto da cidade. Para além da igreja, tem atividades e recreação para todas as idades, e uma vista fabulosa sobre o Vale do Ave.

➼ Existem dois grandes períodos de festas na cidade: As Gualterianas no Verão, e as Nicolinas no fim de Outono. Ambas muito animadas.

➼ Visite a Citânia de Briteiros, um castro pré-histórico bem conservado, de valor arqueológico muito elevado.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 2001

Excursões e visitas guiadas Guimarães

 

Porto UNESCO

 

 

A cidade do Porto é designada por “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta”, desde a fundação do Condado Portucalense. É a segunda maior cidade de Portugal e capital do Norte.

Estrategicamente bem posicionada, os vestígios mais antigos remontam á idade do Bronze. Muitos povos passaram por aqui, como os cartagineses e romanos. Na idade Média, o polo agregador era um edifício religioso (hoje a catedral), que tinha junto à margem do rio, outro polo, associado com atividades piscatórias e comerciais. Este último, foi designado Portus Cale, e veio a dar origem ao próprio nome de Portugal.

O Património Mundial da UNESCO no Porto é constituído pelo Centro Histórico, a Serra do Pilar e a Ponte Luis I.

O Centro Histórico do Porto tem muito que ver e visitar:

  • A estação de comboios de São Bento uma das mais bonitas estações de caminhos-de-ferro do mundo. Um dos melhores exemplos da arte do azulejo.
  • O Palácio da Bolsa e o seu salão Árabe.
  • O Centro Português de Fotografia tem sempre exposições de fotografia de grande qualidade e entrada livre. E o edifício histórico é bonito.
  • Bairro da Sé. Um dos mais emblemáticos bairros do centro histórico do Porto. Mantém um ambiente tradicional que vale a pena conhecer. É onde fica a Sé Catedral, a mais importante igreja do Porto.
  • Torre dos Clérigos. Um dos ex-líbris da cidade do Porto. Subindo os 240 degraus da escada em espiral até ao topo da torre, terá uma vista a 360 graus do centro histórico do Porto. Se puder escolher, vá ao final da tarde.
  • A Ribeira, junto ao rio. É uma zona ribeirinha de cariz tradicional mesmo sendo uma grande atração turística. Com população envelhecida e ruelas seculares, algumas das quais, só se pode ir a pé. O rio Douro está sempre presente, bem como a possibilidade de embarcar num cruzeiro ou passeio de barco.
  • Muralha Fernandina. Atualmente existem pelo menos dois trechos visitáveis da Muralha. O mais interessante é o chamado Trecho dos Guindais, localizado bem junto à Ponte D. Luís.
  • Passeio das Virtudes. Situado no limite da área classificada como Património Mundial, o Passeio das Virtudes é um miradouro com vistas privilegiadas sobre o Rio Douro e suas pontes. Bastante tranquilo, é um bom sítio para relaxar.
  • Outros sítios de interesse incluem as Igrejas de S. Francisco e do Carmo, a Casa do Infante, antiga alfândega medieval, o Museu Nacional Soares dos Reis, e o Teatro de S. João.

 

Serra do Pilar

O Mosteiro da Serra do Pilar sec.XVI, situa-se em Vila Nova de Gaia (na outra margem do rio Douro), mas está englobado na zona classificada como Património Mundial. Têm uma exposição interessante sobre o património UNESCO português. O mosteiro oferece vistas incríveis sobre a zona histórica do Porto ribeirinho. Ideal para conjugar com uma visita a uma das caves do Vinho do Porto.

Apresenta planta composta pela igreja, de planta circular (única em Portugal), da capela-mor, de planta retangular, e do claustro, também de planta circular. Todos estes elementos da estrutura, dispostos sequencialmente.

 

Ponte Luís I

A Ponte Luís I é um dos ícones por excelência do Porto. Foi construída entre os anos 1881 e 1888, sec. XIX, e arquitetada por Théophile Seyrig (discípulo de Gustav Eiffel) e Léopold Valentin.

Características de interesse:

  • Comprimento total: 385,25 m
  • Peso: 3 045 toneladas
  • Arco: mede 172 m de corda e 45 m de flecha.
  • Dois tabuleiros metálicos rosa.
  • Circulam pela ponte: Metro, carros, bicicletas e peões.

É considerada uma das mais bonitas pontes da europa (European Best Destinations), e é indissociável da paisagem citadina do Porto.

O Porto invoca uma sensação intemporalidade, com um vasto património de diferentes épocas, que é único. Esta “capital do trabalho” viu a sua indústria ser alavancada pela comercialização de vinho do Porto. O carácter único dos seus habitantes, revela-se na sua hospitalidade, orgulho e grande sentido de independência da sua origem.

É uma cidade que desperta paixões.

Destaques e dicas:

➼ Visite as caves de vinho do Porto em Gaia. Ideal se for apreciador de vinho, mas também por toda a envolvência, estética, e atmosfera dessas casas-mãe do vinho do Porto, apreciado em todo o Mundo.

➼ Sendo o rio Douro indissociável da cidade do Porto, aproveite para fazer um cruzeiro ou passeio de barco. Pode escolher entre os que ficam no limite da cidade (como o das 6 pontes), ou outros mais longos pelo Douro Vinhateiro (Régua, Pinhão, entre outros)

➼ Se tiver tempo, aproveite a vida cultural como a Casa de Serralves, a diversidade nocturna e os parques verdes da cidade.

➼ Prove a famosa francesinha, prato típico do Porto.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1996

Excursões e visitas guiadas Porto

 

Douro UNESCO

 

 

A Região Demarcada do Douro é a região vinícola demarcada mais antiga do mundo e é também Património Mundial da UNESCO. O seu nome deve-se ao rio Douro e seus afluentes que marcam esta região com uma extensão de 250 000 hectares entre Barqueiros e Barca d'Alva.

É aqui que se produz o vinho do Porto, famoso e apreciado em todo o Mundo. Mas não só. Os vinhos maduros desta zona contam-se entre os mais apreciados do país. o Vale do Douro é ideal para os amantes de vinho.

O Douro tem uma das paisagens mais admiradas pelos seus socalcos que se erguem na serra, de uma beleza inconfundível. Esta região está dividida em três sub-regiões: denominadas Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior. Todos eles são distintos devido a fatores climáticos e socioeconômicos.

A paisagem vinhateira é fruto de muito trabalho e suor, de milhares e milhares de homens e mulheres. Foram construídos, terraços, muros, quintas, caminhos e as vinhas foram cultivadas em socalcos. É uma paisagem moldada sobre o espaço e sobre o tempo, com muitos seculos de história.

É um abraço entre a natureza e o ser-humano. Miguel Torga chamou-lhe “um poema geológico”. E este grande escritor sabia do que falava.

Destaques e dicas:

➼ Passeie e descubra as localidades encantadoras do Douro. Régua, Pinhão, Barca D’Alva são alguns pontos por onde começar.

➼ Aproveite para experimentar outros vinhos de qualidade, para além dos vinhos do Porto. Os vinhos maduros desta região são muito apreciados quer sejam tintos, brancos ou rosés.

➼ Aproveite para conhecer mais sobre a cultura de produção do vinho. Existem muitas quintas que pode visitar e saber pormenores curiosos de todo o processo. Normalmente incluem provas de vinhos. Bonfim, Roêda, Panascal, São Luiz, são apenas algumas das muitas escolhas.

➼ Existem várias maneiras de chegar e passear pelo Douro: bicicleta, carro, camioneta, comboio, barco e até algumas visitas de helicóptero. Todas proporcionam perspetivas e experiências diferentes. Se puder, escolha duas e compare.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 2001

Excursões e visitas guiadas Douro

Cruzeiros e Passeios de Barco Douro

 

Vale do Côa UNESCO

 

 

Situado na região nordeste de Portugal, fica o Vale do Côa, que encerra no seu vasto espaço um vigoroso património artístico e histórico. É resultado de milhares de anos, em que as formações rochosas que delimitam o seu leito foram-se convertendo em painéis recobertos de milhares de gravuras, feitas pelos que aí viveram.

A Arte Rupestre do Vale do Côa, património Mundial reconhecido ela UNESCO, conta mais de mil rochas com manifestações rupestres, identificadas em mais de 80 sítios distintos, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há cerca de 25.000 anos. Foi mesmo encontrada, no sítio do Fariseu, uma das maiores gravuras rupestres do Mundo, com mais de 3,5 metros de comprimento e cerca de 23 mil anos.

Remontando ao Paleolítico Superior inicial, estes "painéis" ao ar livre são testemunhos de uma criatividade viva e de uma mestria de conceção. Em conjunto formam uma enorme galeria de arte ao ar livre.

Os motivos das pinturas e gravuras incluem figuras antropomórficas, animais e signos ou sinais geográficos.

Atestando a sua enorme importância, foram criados o Parque Arqueológico do Vale do Coa e do Centro Nacional de Arte Rupestre, ambos sediados em Vila Nova de Foz Côa. Pretendem dar um impulso decisivo ao estatuto da arte rupestre, da arqueologia e do património.

As gravuras podem ser apreciadas em visitas organizadas com guias especializados (mediante reserva): Canada do Inferno, o primeiro a ser descoberto, Ribeira de Piscos, em Muxagata, e Penascosa.

A arte Rupestre de Foz Côa, é mais do que a memoria na geografia onde se situa Portugal. É uma memória do Ser-humano.

Destaques e dicas:

➼ O Parque Arqueológico do Vale do Coa e o Centro Nacional de Arte Rupestre, podem ser optimos sítios para começar ou acabar a sua visita á arte rupestre da região. Em complemento, pode visitar o museu na Quinta da Ervamoira, com espólio das tradições da produção de pão e vinhos.

➼ Para além de visitar a Vila Nova de Foz Côa, têm outras localidades de interesse no Vale do Côa. Castelo Rodrigo, Freixo de Numão, Marialva, entre outras.

➼ O Vale do Côa também tem uma natureza e paisagens muito bonitas. Se gosta de actividades ao ar livre pode dar um passeio de bicicleta, fazer caminhadas, descer o rio de Kayak.

➼ A Zona Arqueológica de Siega Verde também merece uma visita. Extensão do Vale do Côa entre Portugal e Espanha. Pode encontrar mais pinturas e gravuras rupestres. Sítio da UNESCO também.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1998 (Vale do Côa) e 2010 (Siega Verde)

Excursões e visitas guiadas

 

Coimbra UNESCO

 

 

O Património Mundial da UNESCO em Coimbra inclui a Universidade de Coimbra, alta da cidade e rua Sofia na baixa. Inclui a União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu).

A cidade de Coimbra situa-se no centro de Portugal, e estende-se pelas duas margens do rio Mondego. Antiga Emínio dos tempos da ocupação romana sec. II A.C, foi crescendo em tamanho e importância sob domínio dos Suevos e depois Visigodos. Cidade de comercio, durante a ocupação muçulmana a partir do sec. VIII D.C. Reconquistada pelos cristãos, passa a ser a 2º capital do condado Portucalense até ao sec. XIII, substituída por Lisboa.

É nos tempos medievais que assiste a um crescimento e posição estratégica. Símbolo disso é a criação da Universidade de Coimbra. Construída no sec. XIII, por ordem do rei Dom Dinis, é a segunda universidade mais antiga da Europa (a primeira é Bolonha). Com tantos seculos de existência, acumulou muito conhecimento e tradições. Por isso é conhecida como a “cidade dos estudantes”. Com mais de 20 000 alunos oriundos de todo o mundo, é uma cidade vibrante e dinâmica. Pode-se ver ainda hoje, o uso do traje dos estudantes, percorrendo as ruas. O centro situa-se na Alta, e a Faculdade de Direito com a sua torre, é o ícone da Academia e da própria cidade. É também conhecida como a “cidade da eterna saudade” por quem viveu e estudou lá.

Entre as principais atrações que pode visitar na Alta de Coimbra incluem-se, a Sé Nova e a Sé Velha, Museu Machado Castro ou a biblioteca Joanina,. Outras atrações a não perder, a Igreja de Santa Cruz (e o café), Arco de Almedina, Mosteiro de Santa Clara (do outro lado do rio). O Fado é uma tradição antiga em Coimbra e poderá assistir a espetáculos ao vivo.

A Baixa de Coimbra e a rua Sofia, combinam história com actividade comercial. É um bom sítio para passear e ir às compras.

“Coimbra é uma lição” como diz a música, capaz de encantar e criar muito boas recordações.

Destaques e dicas:

➼ Se viajar com crianças, o Portugal dos Pequeninos, pode ser uma excelente visita e actividade para toda a família.

➼ Perto da Alta, caminhe até ao Penedo da Saudade, um sítio ímpar com uma bela vista e poemas gravados em pedra. Ou ao Jardim botânico, a 100 m de distância.

➼ Existam duas grandes festividades entre os estudantes de Coimbra: a Latada em outubro e a Queima das Fitas em maio. Assista e participe, se estiver lá nesses meses.

➼ Prove o leitão (especialidade da Bairrada) e os pasteis de Tentúgal.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 2013

Excursões e visitas guiadas Coimbra

 

Batalha UNESCO

 

 

Situada na margem esquerda do rio Lena, a Vila da Batalha deve a sua origem à construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha.  

O Mosteiro da Batalha, foi construído como cumprimento de uma promessa, após a batalha de Aljubarrota. Esta batalha opôs cerca de 7000 portugueses, liderados por Nuno Álvares Pereira (a sua estátua encontra-se ao lado do mosteiro), aos cerca de 30000 castelhanos invasores (futuros espanhóis). A vitória conseguida pelos portugueses manteve a independência do reino.

O mosteiro possui estrutura em forma de de cruz latina com 3 naves onde a central possui 32,5 metros de altura e 32 aberturas. As naves são separadas por enormes colunas que passam a impressão de um único e maciço muro, na perspectiva do princípio ou fim. Os vitrais da capela-mor são verdadeiras obras de arte, de cor e luz.

É lá que podemos encontrar os túmulos de rei D. João I e da rainha D. Filipa de Lencastre e D. Henrique (um dos maiores responsáveis pela expansão marítima portuguesa) e D. Lopo Dias de Sousa - Mestre da Ordem de Cristo.

O Mosteiro da Batalha representa a resiliência, coragem e sentido de independência bem vincada do Povo Português.

 

Destaques e dicas:

➼ Não se fique pelo aspecto majestoso exterior do Mosteiro, descubra o seu interior.

➼ Visite também a Igreja Matriz (1514), a capela da Santa Casa da Misericórdia, e a ponte da Boutaca.

➼ Monumento rico em estilos de arquitetura: gótico, manuelino, barroco, neo-gótico.

➼ Preste atenção ao detalhe e visite com tempo.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1983

Excursões e visitas guiadas Batalha

 

Tomar UNESCO

 

 

O Convento de Cristo, em Tomar, encontra-se intimamente ligado á história dos Templários em Portugal e á reconquista. É D. Afonso Henriques (primeiro rei de Portugal) quem lhes doa o território, ao Mestre D. Gualdim Pais, onde fundaram o Castelo e vila de Tomar no sec. XII. Todo o complexo religioso-militar de Tomar tornou-se o centro espiritual e quartel-general dos Templários.

O complexo religioso-militar de Tomar inclui o Castelo de Tomar, a Charola e igreja manuelina adjacente, a Mata Nacional dos Sete Montes, a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, o Aqueduto dos Pegões e, claro, o convento. Podemos encontrar vários estilos arquitetónicos, que incluem o românico, gótico, manuelino e renascimento maneirismo.

No Convento podemos destacar alguns elementos como a Janela do Capítulo, Charola, Claustro Principal (ou de D. João III) ou a Sacristia Filipina

Tomar é um lugar que contém muito simbolismo, misterioso, com uma aura própria. Procurado por muitos que se tentam iniciar na gnose templária, ou simplesmente andam á procura do seu tesouro perdido.

 

Destaques e dicas:

➼ Informe-se um pouco sobre os Templários e o Convento de Cristo antes de visitar. A sua experiência vai ser muito mais rica, e compreenderá melhor o enorme simbolismo do lugar.

➼ Explore a encantadora cidade de Tomar.

➼ Se tiver oportunidade e gostar de música assista ao Festival Bons Sons (agosto). Um dos melhores em Portugal.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1983

Excursões e visitas guiadas Tomar

 

Alcobaça UNESCO

 

 

O Mosteiro de Alcobaça, com o seu exterior e interior monumental, é um dos melhores exemplos da arquitetura gótica primitiva em Portugal. Foi encomendada pelo rei Afonso Henriques em 1153 para demonstrar o poder da nova dinastia governante e doado a São Bernardo e aos monges cistercienses (ordem de Cister).

Sob a vida monástica austera, converteu-se num centro religioso, mas também intelectual. Em 1269 foram realizadas as primeiras aulas públicas e estas ações tiveram uma grande influência no desenvolvimento da cultura em Portugal. No século XVII chega mesmo a ser a mais importante escola monástica do reino. Os monges criavam manuscritos iluminados bem como livros para oração e o Mosteiro possuía uma das maiores bibliotecas medievais portuguesas. A Biblioteca do Mosteiro de Alcobaça ainda existe, com documentos históricos muito importantes, que só estão acessíveis sobre determinadas condições.

O exterior é impressionante com centenas de metros de fachada, e 20 metros de altura. O interior também. Com espessas e altas colunas de suporte, e nave com mais de cem metros de comprimento. O interior não é mobiliado, mas também não é vazio: estátuas, azulejos, sacristia, jardim interior. Podem ainda encontrar-se os túmulos de D. Pedro e sua esposa Inês, cuja história de amor e tragédia continua bem viva na mente dos portugueses. Contém mais de 20 áreas ou divisões.

O Mosteiro de Alcobaça é símbolo de educação, conhecimento, criação e vida regrada.

 

Destaques e dicas:

➼ Prove os famosos e deliciosos Doces Conventuais. Feitos de maneira tradicional.

➼ Visite o Museu do Vinho de Alcobaça.

➼ O Licor de ginja, Chita de Alcobaça (tecidos) e a cerâmica local com padrões multicolores específicos, podem ser boas ideias para compras e prendas.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1989

Excursões e visitas guiadas Alcobaça

 

Mafra UNESCO

 

 

O Real Edifício de Mafra, Património Mundial da UNESCO, inclui o Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco, Tapada. É por isso um complexo, conjunto de edifícios menores. É o maior e mais relevante monumento barroco em Portugal. Encomendado pelo rei D. João V (sec.XVIII), ao alemão Johann Friedrich Ludwig, foi ainda ampliado sobre projecto inicial , para albergar 300 frades, e anexar-lhe um paço real.

É difícil não ficar impressionado com a grandeza monumental do Real Edifício de Mafra. Com 1200 divisões, compreendendo o convento, a basílica e o paço real, ocupa uma superfície de 37.790 m2. Obra só possível, pelo fluxo de ouro vindo do Brasil (colónia Portuguesa, na altura). E pelas dezenas de milhar de trabalhadores que contribuíram para a sua construção.

O Palácio Real é dotado de dois torreões; uma Basílica decorada com estátuas dos melhores artistas romanos, com um conjunto de paramentaria ímpar, francesa e italiana, e seis magistrais órgãos; duas torres na fachada que albergam dois carrilhões mandados construir na Flandres, e que constituem um património sineiro único no mundo com um total de 98 sinos; possui ainda uma Biblioteca.

Em 1982 é publicado o “Memorial do Convento”, romance de José Saramago (Nobel da Literatura), em que o Convento é a personagem principal.

 

Destaques e dicas:

➼ Saboreie os Fradinhos (queijadas) e o pão tradicional de Mafra

➼ Visite a Aldeia-Museu José Franco. Uma aldeia saloia recriada para preservar a memória local.

➼ Visite a Tapada Nacional de Mafra, antigo local de passeio e caça dos monarcas portugueses. Pode ainda observar várias espécies animais e botânicas.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 2019

Excursões e visitas guiadas 

 

Sintra UNESCO

 

 

A Paisagem Cultural de Sintra, resulta de uma combinação excecional de sítios naturais e culturais num quadro original. Da sua parte natural, a Serra de Sintra corresponde-lhe de uma forma convincente. Com uma situação climática muito específica no país, com verões frescos e invernos suaves. Talvez por isso, a realeza, a corte e os nobres do país foram estabelecendo-se em Sintra, onde ergueram sumptuosas vilas e quintas rodeadas de jardins e parques de estilo artístico e de uma flora luxuriante. Paralelamente, a solidão da Serra e suas florestas, atraíam monges e eremitas, que a enriqueciam de conventos e de ermitérios introduzindo-lhe o aspecto religioso-cultural. A isto podemos chamar a sua parte cultural e social.

Quem quiser compreender a complexidade e beleza da paisagem cultural de Sintra, deve ter em conta estas condições e eixos de transformação.

O apogeu deste desenvolvimento extraordinário, foi atingido com o reinado de D. Fernando II no sec. XIX.  O rei adquiriu o Convento da Pena situado sobre uma montanha escarpada e transformou-o num palácio fabuloso e mágico, dando-lhe a dimensão máxima e romântica que o torna ímpar.

São várias as atrações que podemos encontrar em Sintra:

  • Palácio da Pena talvez o monumento mais icónico e representativo de Sintra. A sua arquitetura colorida e exótica, combina o estilo romântico com influências árabes, góticas e manuelinas.
  • Quinta da Regaleira – Um espaço misterioso, que nos lança um apelo irresistível de descoberta. Com relações com a maçonaria e a ordem dos cavaleiros templários. A sua famosa torre invertida, com aspecto de poço em espiral, desce 27 metros dentro do solo. Seria (ou será), um percurso de iniciação gnóstica. Possui ainda, alamedas com estatuários gregos e obras ocultas, jardins imensos e passagens subterrâneas.
  • Palácio Nacional de Sintra - É um enorme palácio branco, situado no centro da vila, com várias alas interligadas por belos jardins e pátios. Resultado de grandes transformações ao longo dos séculos, a sua arquitetura reflete a passagem do tempo, unindo os estilos gótico, manuelino, mouro, mudéjar e renascentista.
  • Castelo dos Mouros – Inicialmente servia como posto de defesa. Não tem a majestade de outros monumentos, mas impele-nos a viajar um pouco no tempo.
  • Palácio de Monserrate - Erguido por um milionário inglês, Francis Cook. A construção aproveita as ruínas existentes do sec. XVI, de uma capela e uma propriedade em estilo neogótico. As decorações têm influência gótica, mourisca, indiana e até vegetalista. Inclui jardins exuberantes.
  • O Centro histórico de Sintra - É pequeno, mas cheio de boas surpresas, com ruas estreitas e restaurantes interessantes. É lá ou perto que estão situados vários museus, restaurantes e hotéis. Muitos percursos pedestres começam de lá. Um bom ponto de partida para a visita.

Sintra é considerado por muitas pessoas, o lugar mais romântico de Portugal. Apaixona qualquer viajante.

 

Destaques e dicas:

➼ Se visitar Sintra com crianças experimente o Museu do Brinquedo. Divertido e interessante para toda a família.

➼ Sítio de excelência para amantes de artes visuais: fotografia, vídeo, pintura.

➼ As especialidades gastronómicas incluem: leitão de Negrais, a carne de porco às Mercês, o cabrito e a vitela assada. Peixe, mariscos e moluscos. Doces tradicionais: queijadas de Sintra, os travesseiros, os pastéis da Pena, as nozes de Galamares, os fofos de Belas. O vinho de Colares é bastante apreciado.

➼ Estenda o seu passeio ao Cabo da Roca, conhecido por ser o ponto mais ocidental da Europa continental. A pouca distancia de Sintra.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1995

Excursões e visitas guiadas Sintra

 

Lisboa UNESCO

 

 

O património mundial da UNESCO em Lisboa inclui a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, ambos situados em Belém. Ambos os monumentos foram em grande parte custeados pelo comercio marítimo português de especiarias e ouro.

A Torre de Belém é um monumento em forma de proa de uma caravela. Data do sec. XVI, foi projectada pelo arquiteto militar Francisco de Arruda, no tempo do rei Dom Manuel I. Foi construída com o propósito de servir como porta de entrada para a cidade de Lisboa, e como defesa contra possíveis invasões e ataques a partir do rio Tejo. Foi ainda usada como uma prisão durante o tempo de ocupação espanhola. posto de sinalização telegráfico, registo aduaneiro, e farol. Inicialmente o edifício estava localizado num ilhéu no meio do rio, cercado pela água. Actualmente, encontra-se encostado á margem.

A estrutura da Torre de Belém inclui a torre de quatro andares, com 35 metros de altura, com 4 andares e um terraço com vista para a paisagem ao redor, na face norte do baluarte. E o bastião, em forma de hexágono irregular.

Os elementos atestam o significado que teve como símbolo das descobertas marítimas e do poder real. Incluem as armas reais, a esfera armilar e a cruz da ordem de Cristo; os mata-cães e as ameias são decorados por ornamentos esculturais (estilo manuelino) como os escudos com a cruz da ordem de Cristo; uma estátua da Madonna e da Criança de Belém, em frente da torre; na base das torres de vigia podemos ver imagens de animais selvagens, incluindo um rinoceronte, que é considerado a primeira escultura deste animal na arte da Europa Ocidental. Um pequeno claustro, e por fim, canhões antigos (canhoteiras).

Tornou-se um símbolo dos Descobrimentos Portugueses e um ícone da cidade de Lisboa.

Distante cerca de 1 km (a pé) da Torre de Belém, fica o Mosteiro dos Jerónimos. Data do início do século XVI, ordenado pelo rei D. Manuel I, que doou o mosteiro Ordem dos Frades de São Jerónimo. Exemplo mestre da arquitetura manuelina e ligado à epopeia dos Descobrimentos, este mosteiro, é um admirável conjunto monástico português e uma das principais igrejas-salão da Europa.

A sua estrutura inclui as fachadas, a Igreja de Santa Maria de Belém, cuja nave conta com seis colunas perfeitamente talhadas e muito altas, com bonitos vitrais. Ladeada por quadros, representando cenas da Paixão de Cristo. Claustros, enormes pátios, de onde é possível olhar as suas varandas compridas e altamente decoradas. Algumas salas foram disponibilizadas para compor uma linha do tempo das descobertas portuguesas juntamente com as linhagens de reis do país. Inclui ainda a sala do capítulo, refeitório, biblioteca e confessionários.

No interior, encontra-se a igreja-salão, obra-prima do manuelino com uma abóboda sem suporte de colunas, o sacrário em prata. Túmulos de figuras da realeza portuguesa como por exemplo D. Manuel I ou D. Pedro I, e de algumas das maiores personalidades portuguesas: Vasco da Gama, Camões, Fernando Pessoa. E santos, como São Vicente.

Actualmente, o mosteiro é ocupado por uma instituição de caridade que abriga órfãos e moradores de rua, a Real Casa Pia de Lisboa.

 

Destaques e dicas:

➼ Visite também os bairros históricos de Lisboa: Alfama, Mouraria, Bairro Alto, Graça, Chiado, S. Vicente e Baixa Pombalina. Uma experiência de uma Lisboa antiga e popular.

➼ Aproveite os miradouros de Lisboa e as suas colinas para ver e capturar em imagem a combinação desta cidade assimétrica, com muita luz, na margem do Tejo e junto ao mar.

➼ Assista ao vivo a espetáculos de fado, com ou sem jantar tradicional. Uma experiência única, que vai recordar.

➼ Prove os famosos e gulosos pasteis de nata e pasteis de belém. Descubra as diferenças entre ambos.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1983

Excursões e visitas guiadas Lisboa

 

Elvas UNESCO

 

 

Elvas, conhecida por "Rainha da Fronteira", é a maior cidade fortificada da Europa. As suas fortificações, em conjunto com os Fortes de Santa Luzia e de Nossa Senhora da Graça, são consideradas das maiores e mais bem conservadas fortificações abaluartadas do mundo.

Situada na região do Alentejo, a povoação original data do tempo dos romanos.  Foi durante a ocupação muçulmana que surgiram as primeiras fortificações, uma no século IX e outra no século XII. O que é revelador da sua posição estratégica de passagem e fronteira. A partir do século XIII, Elvas tornou-se parte integrante do reino português. Adquiriu o seu estatuto de “cidade-fortaleza” por altura da Guerra da Restauração da independência Portuguesa, de 1640 a 1668.

A cerca de 3 km a norte do centro histórico de Elvas, situa-se o Forte de Nossa Senhora da Graça. É um dos fortes que constituía a linha de defesa da praça-forte de Elvas. A sul, situa-se o Forte de Santa Luzia, convertido em museu militar.

A cidade-fortaleza de Elvas, foi essencial como ponto de defesa e apoio, na restauração da Independência de Portugal face a Espanha.

 

Destaques e dicas:

➼ Visite o Centro histórico de Elvas, as suas ruas típicas, o castelo, que é Monumento Nacional, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção e a Torre Fernandina (antiga prisão).

➼ Explore o Museu Municipal de Fotografia e o Museu de Arte Contemporânea.

➼ Admire o maior aqueduto da Península Ibérica – o majestoso Aqueduto da Amoreira Sec. XVI-XVII, com cerca de 7km de comprimento e 843 arcos.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 2012

Excursões e visitas guiadas 

 

Évora UNESCO

 

 

Évora, a capital da região do Alentejo, é considerada uma cidade-museu. Cidade tradicional e tranquila, com muito charme em todo o centro histórico dentro da muralha. ruas típicas, de casinhas brancas com detalhes coloridos, e habitantes simpáticos e hospitaleiros. 

Já na pré-história havia povoados na região, tendo sido os vestígios conservados. Os Eburones terão mesmo estado na origem do nome Évora (de Eburos, palavra celta). Durante o domínio Romano, Évora veio a chamar-se Liberalitas Julia. É desta altura o monumento mais conhecido da cidade, o Templo Romano, dedicado á deusa Diana ou uma homenagem ao imperador Augusto ou ainda ambos. Construído num dos pontos mais altos da cidade, conserva 14 das suas colunas coríntias originais. Símbolo da cidade e talvez o monumento mais fotografado da região.

Outra das marcas do passado que fazem de Évora património mundial UNESCO é a Catedral, o mais conhecido edifício do período medieval. A sua construção foi iniciada em 1186 e terminada nos séculos XIII-XIV. 

Esta Cidade-museu é um modelo que inspirou a construção de cidades brasileiras como Salvador. Muito bonita e pacifica.

 

Destaques e dicas:

➼ Aproveite para conhecer melhor a gastronomia do Alentejo. Pão, vinho e azeite são os incontornáveis.

➼ Para além do templo romano visite o Palácio Cadaval, a Catedral de Évora e Igreja dos Lóios.

➼ Se tiver oportunidade faça o Circuito Megalítico Pré-histórico de Évora

➼ Relaxe na Praça central do Giraldo ou no Jardim público (principalmente em dias quentes)

➼ Visite a Universidade de Évora, a segunda mais antiga de Portugal. Ou ainda os inúmeros Museus e Centros de Interpretação.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1986

Excursões e visitas guiadas Évora

 

Açores UNESCO

 

 

O património material mundial dos Açores é composto pela paisagem da Cultura da Vinha (ilha do Pico) e pela Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo (ilha da Terceira). Todo o arquipélago dos Açores tem formação geológica de origem vulcânica e a paisagem é marcada pela presença de cones vulcânicos. De cariz marcadamente atlântico, foi e é, uma ponte entre o continente europeu e ao continente americano.

A Ilha do Pico é a segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores, com aeroporto regional e ligações marítimas.

A paisagem da Cultura da Vinha está diretamente ligada á atividade vitivinícola na ilha. Teve o seu início com a chegada dos povoadores à ilha no século XV. É o resultado de uma luta secular entre os seus habitantes e a natureza hostil. A começar pela plantação da vinha num solo rochoso e aparentemente improdutivo, fustigado pelo vento e com clima longe do ideal. Na construção da espantosa rede de longos muros de pedra, chamados “currais” ou “curraletas”, que correm paralelos à costa e penetram em direção ao interior da ilha. Tinham como o objetivo de proteger a vinha do vento e do rocio. Visto do ar parece um enorme mosaico pontificado por casas e quintas, de ermidas, portinhos e poços de maré. Formou-se assim ao longo dos séculos uma paisagem única, com influência direta na socio economia da ilha do Pico.

Graças ao solo vulcânico, rico em nutrientes, ao micro-clima seco e quente das encostas, á proteção dos muros, aquecida pelos raios do sol, a cultura da vinha prosperou. A casta Verdelho, que foi introduzida no século XV, é um exemplo vivo nos dias de hoje.

Ocupa uma área total de 987 hectares, envolvida por uma zona tampão com 1 924 hectares. Abrange parcialmente as costas Norte e Sul, e a costa Oeste da ilha. Sítios de referência e emblemas da paisagem são o Lajido da Criação Velha e o Lajido de Santa Luzia, implantados em extensos campos de lava.

De ressalvar ainda os elementos de biodiversidade e de geodiversidade, com particular destaque para a existência de espécies endémicas de flora e fauna e Geossítios.

Muitas pessoas perguntam, “porque é que a Paisagem da Cultura da Vinha na Ilha do Pico, é considerada Cultural e não Natural?” É considerada cultural porque representa foi moldada pela mão humana, em uma luta constante contra fatores adversos ao cultivo da vinha. Uma paisagem criada com técnicas, métodos, e acima de tudo, muita vontade, bem integrada na natureza da ilha. Aprecie e admire.

Destaques e dicas:

➼ Se puder, faça uma escalada ao ponto mais alto de Portugal, a Montanha do Pico com 2 351 m. Não precisa de subir até ao topo para apreciar o passeio.

➼ Visite o Museu de Vinho, que no concelho de Madalena. Com história e processos da cultura vinícola.

➼ Passeie de barco, observe golfinhos e baleias e outras espécies marinhas. Optimo para crianças.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 2004

Excursões e visitas guiadas Açores

Cruzeiros e passeios de barco Açores

 

Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo

 

 

Angra do Heroísmo é designada por “Sempre leal cidade” pela maneira como resistiu á intrusão espanhola pelo apoio no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Situa-se na Ilha da Terceira no arquipélago dos Açores.

Por carta passada pela Infanta Dona Beatriz em 2 de abril de 1474, vila em 1478, e cidade em 1534 a capitania de Angra foi doada a Álvaro Martins Homem, que a partir da chamada Ribeira dos Moinhos lançou as bases para o futuro desenvolvimento económico da povoação. O seu porto tem uma importância histórica, no apoio á armada e embarcações de comercio e pesca.

A estrutura urbana de Angra é a base do seu apanágio de cidade construída na fronteira da Modernidade, situando-se entre o Velho e o Novo Mundo, tanto no tempo quanto no espaço. A planta da cidade define-se, assim, por uma estrutura axial, com eixos paralelos dispostos perpendicularmente ao mar e cortados todos por uma grande rua (a da Sé), desenvolvida no sentido da linha da costa.

Conta com um riquíssimo arquivo cultural religioso e civil, com um grande número de museus, igrejas, conventos, impérios, castelos e fortes. Como por exemplo, a Sé de Angra 1570-1642, o Colégio da Companhia de Jesus, 1658-73, o Convento de S. Francisco do séc. XVII, ou o Forte de S. João Baptista, a mais imponente construção de arquitetura militar da ilha

A arquitetura civil urbana tem seus mais significativos exemplos na Casa do Capitão, na chamada Casa de Dona Violante do Canto, solar quinhentista; no Palácio Bettencourt; na Casa do Contratador Prudência; e na Câmara Municipal

Em toda a ilha da Terceira, e também em Angra, são famosos os pequenos edifícios dedicados ao culto do Divino Espírito Santo, muito popular. Chamados de "Impérios", de tipologia simples, que se assemelham a pequenas ermidas, com frontão, e com uma coroa no topo, na qual pousa a pomba do Espírito Santo.

O centro Angra do Heroísmo é o melhor exemplo urbano de uma cultura, que sintetiza as especificidades da ilha e a sua relação intima com o mar, como natureza, pesca, comercio e passagem Atlântica.

Destaques e dicas:

➼ Aproveite as visitas guiadas a pé e os itinerários específicos pelo centro histórico como o barroco açoriano.

➼ Visite também as vilas de Praia da Vitória e Lages.

➼ Se estiver na ilha em 23 de maio, participe da sua festa mais famosa: a Festa do Divino Espírito Santo onde se distribui pão, carne e vinho, se assistem a procissões, e outros rituais.

 

Categoria: Cultural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1983

Excursões e visitas guiadas Açores

Cruzeiros e passeios de barco Açores

 

Ilha da Madeira UNESCO

 

 

A Floresta Laurissilva na ilha da Madeira, é uma floresta indígena da Madeira, constituída na sua maioria por árvores e arbustos de folhagem persistente, de cor verde-escura e planas. Data do Período Terciário, 66 a - 1,6 milhões de anos A.C, sendo considerada uma muito importante memória viva desse período. O seu nome significa” floresta de loureiro”. E de facto, é a maior mata de louros do mundo. Também é o único património mundial da UNESCO em Portugal de categoria “natural”.

Ocupa uma área, de cerca de 15000 hectares, o equivalente a 20% do território da ilha e localiza-se, essencialmente, na costa Norte. Incluída na área do Parque Natural da Madeira e parte integrante da Rede Natura 2000. Pertence ainda á Rede de Reservas Biogenéticas. Reconhecimento que mostra o valor único da sua fauna e flora.

A biodiversidade da Floresta Laurissilva conta com muitas espécies endémicas e/ou com graus endémicos. Árvores centenárias, como, o Barbusano, o Loureiro, ou o Pau-branco; arbustos endémicos, como o Massaroco, ou a Figueira-do-inferno; fetos como o Feto-do-botão, e líquenes que são um bom indicador da elevada qualidade ambiental. Flores vistosas, tais como, as Pássaras, as Orquídeas-da-serra e as Douradinhas.

Existe um reduzido número de espécies de aves e uma elevada taxa de endemismos. Como o Pombo-trocaz, também conhecido por semeador de árvores, o Bis-bis ou o Tentilhão. Outros animais vertebrados como a lagartixa ou o morcego também podem ser avistados. Existem ainda mais de 500 espécies endémicas de invertebrados, distribuídas pelos moluscos, aracnídeos e insetos.

Na área de Floresta Laurissilva existe uma rede de percursos pedonais e veredas, que tornam possível passear e descobrir a beleza e antiguidade deste ecossistema único.

Um monumento vivo, ecossistema que abriga uma biodiversidade única, que é preciso proteger e respeitar.

Destaques e dicas:

➼ Aproveite para percorrer as famosas Levadas (levas de água), com caminhos pedestres muito interessantes na ilha.

➼ Se puder assista á Festa das Flores (maio) ou a passagem de ano na Madeira, em um cruzeiro com vista para o espectacular fogo-de-artificio.

➼ Na floresta recomendamos levar binóculos, camara fotográfica e roupas apropriadas ao ambiente e estação do ano. Percursos em veículos podem seu uma boa ideia, dada a sua enorme extensão.

➼ Existem passeios guiados de barco em que poderá testemunhar a beleza da ilha e observar golfinhos e outros cetáceos.

 

Categoria: Natural

Ano oficial de atribuição de Património Mundial: 1999

Excursões e visitas guiadas Madeira

Cruzeiros e passeios de barco Madeira

 

Lista Indicativa de 18 novos sítios propostos para Património Mundial da UNESCO em Portugal:

 

  • Rota de Magalhães. Primeira à volta do Mundo
  • Ilhas Selvagens
  • Levadas da Madeira
  • Complexo Industrial Romano de Salga e Conserva de Peixe em Tróia
  • Aqueduto das Águas Livres
  • Lisboa Histórica, Cidade Global
  • Lisboa Pombalina
  • Deserto dos Carmelitas Descalços e Conjunto Edificado do Palace-Hotel no Bussaco
  • Conjunto de Obras Arquitetónicas de Álvaro Siza em Portugal
  • Costa Sudoeste
  • Dorsal Médio-Atlântica
  • Montado, Paisagem Cultural
  • Edifício-sede e Parque da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa
  • Caminhos Portugueses de Peregrinação a Santiago de Compostela
  • Fortalezas Abaluartadas da Raia
  • Vila Viçosa, Vila ducal renascentista
  • Lugares de Globalização
  • Mértola

Candidaturas submetidas em 2016-2017.

 

Já decidiu quais os sítios Património da UNESCO que quer visitar em Portugal? Todos ou a maioria? Isso é optimo. Esperamos que o seu roteiro de visita seja cheio de descoberta e diversão.

Descubra também o Património Mundial da UNESCO em Espanha.

 

| Portugal




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