Voltar ao blog 3 Lendas de Espantar em Coimbra
Cláudia Pedrosa |

3 Lendas de Espantar em Coimbra

 

Saudações!

Gostam de lendas? Daquelas histórias bizarras que os nossos avós contam numa noite de inverno, sentados numa cadeira de baloiço, com a lenha a crepitar? E no papel de ouvintes... são daqueles que o olhar brilha só de imaginar como vai terminar?

 

 

Pois bem. Trago-vos duas lendas de Coimbra, a cidade dos estudantes em Portugal. E para aguçar um pouco mais a vossa curiosidade... estas lendas... hmmm... envolvem reis e rainhas... e aconteceram há muitos, muitos anos...

 

Lenda n.º 1 - A Princesa Cindazunda e o Brasão de Coimbra

Reza a lenda...

...Que no local da antiga cidade romana de Aeminium, Ataces, Rei dos Alanos, se dedicava à edificação de uma nova cidade, Coimbra, na margem direita do rio Mondego.

 

 

Nos entretantos, o Rei Suevo Hermenerico congeminava duras vinganças depois das derrotas sofridas. Sabendo da presença do rei Alano no local de Aeminium irrompe com o seu exército e dá-se início a um sangrento combate entre os dois exércitos que culmina com as águas do Mondego tingidas de vermelho.

Mais uma vez Hermenerico é forçado a retirar-se, mas Ataces foi no seu encalço e o rei suevo não tem outra alternativa senão declarar-se vencido. Nas negociações de paz, oferece a Ataces a mão da sua filha, a princesa Cindazunda. Depois de a ver, o rei alano fica imediatamente enamorado pela sua beleza.

Já em Coimbra, durante os esponsais, Ataces decide criar um brasão que pudesse perpetuar o casamento. É assim que surge o atual brasão da cidade: a princesa Cindazunda encontra-se sobre uma taça que simboliza o seu casamento com Ataces. Ladeiam a taça um leão, timbre de Ataces, e um dragão, timbre de Hermenerico.

 

 

Na cidade de Coimbra, na Praça do Arnado, encontra-se atualmente uma escultura a representar a Princesa Cindazunda.

 

 

Lenda n.º 2 - O Milagre das Rosas

Reza a lenda...

... Que apenas com 11 anos de idade, D. Isabel de Aragão, veio para Portugal para casar em Trancoso com el-rei D. Dinis. De uma beleza ímpar, D. Isabel era dona de uma bondade sem fim. Um documento da época diz:

"Mandava Isabel vestir os esfarrapados que avistava, visitava os enfermos ulcerosos, punha sem repugnância as mãos sobre as cabeças dos doentes e fazia-os tratar pelos seus médicos e enfermeiros. Distribuía, nos dias solenes do ano, numerosos socorros pelos domicílios às pessoas necessitadas e a muitos mosteiros, tanto do reino como estrangeiros. Os seus haveres entravam sempre, em quantidade maior ou menor, para todas as edificações eclesiásticas e, algumas vezes, para as de utilidade geral, como fontes, pontes e caminhos. (...) Deleitava-se em compor as frequentes discórdias entre as casas nobres; procurava por todos os modos proteger donzelas e viúvas, para que a miséria as não lançasse na perdição. Os seus costumes eram, em tudo, modestos, humildes e castos."

 

 

Apesar de tão generosa rainha, D. Dinis considerava que havia um esbanjamento do tesouro público e como tal ordenou parar com tais ações beneméritas.

Entristecida com a atitude do rei, D. Isabel não esmorece e decide planear uma saída para levar esmolas aos pobres da cidade de Coimbra. A tradição diz que D. Dinis foi avisado das intenções da rainha por um homem do Paço, no dia anterior. Enfurecido, resolve surpreender a Senhora no momento da sua saída.

Na manhã seguinte, uma gélida manhã de janeiro, já nos jardins do palácio, a rainha prepara-se para sair escondendo no regaço moedas de ouro (há quem diga pão) quando D. Dinis surge e lhe pergunta cortesmente:

- Minha rainha, onde ides tão cedo pela manhã?

- Vou colocar flores nos altares da Igreja de Santa Cruz, meu senhor.

- E que levais escondido no regaço, minha senhora?

Depois de uns instantes de silêncio, a bondosa rainha responde:

- Rosas, senhor.

- Rosas? Em janeiro?!? Estais a mentir-me. - gritou enraivecido D. Dinis.

Soltando o manto, Isabel responde:

- Uma Rainha de Portugal não mente!

E ao invés de moedas de ouro (ou pão), belíssimas rosas brancas caem do seu regaço.

 

 

Este Milagre é conhecido como o Milagre das Rosas e a Rainha é conhecida como a Rainha Santa Isabel (canonizada em 1625).

Padroeira da cidade de Coimbra, o seu túmulo de prata encontra-se no altar da Igreja de Santa Clara a Nova, em Coimbra.

 

 

Lenda n.º 3 – O Amor Trágico de Pedro e Inês

Para uma terceira lenda da cidade, podem ver a lenda de Pedro e Inês: História de Amor mais trágica de Portugal

 

 

 Se quiser ouvir estas e outras lendas contadas por guias especialistas, pode acompanhar a excursão a Fátima e Coimbra saindo do Porto. Ou se já estiver na cidade, aproveite para fazer uma visita guiada e descobrir os 1001 encantos e detalhes escondidos.

Visite Coimbra a “cidade dos estudantes”, com a segunda Universidade mais antiga da Europa.  Uma cidade secular, mas dinâmica, e que deixa sempre saudade.

 

| Portugal | Coimbra




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