De onde és? Conta-nos um pouco sobre a tua cidade ou região!

Sou natural da cidade do Peso da Régua. Penso que já quase todos devem ter ouvido falar desta cidade tão importante para a produção e distribuição do famoso vinho do Porto, sobretudo antigamente. Situada na região do Douro, tão falada e divulgada nos últimos tempos que há poucas coisas que eu possa dizer, que já não tenha sido dito.

Quando entraste na família Living Tours e qual a tua função?

Comecei a trabalhar em Agosto de 2019 como guia.

Porquê a Living Tours? E porquê o Turismo?

Numa primeira fase, acho que foi um golpe de sorte do destino, porque há muito tempo que queria trabalhar como guia turística. Mas o motivo pelo qual fiquei na Livingtours, no que a mim me diz respeito, foi porque ser guia é algo que realmente gosto de fazer, é um trabalho que também me dá satisfação pessoal e aqui na Livingtours sinto que o meu trabalho também foi e é valorizado. O turismo é uma área que nos põe em contacto direto e diário com pessoas que vivem outras realidades, com outras culturas completamente distintas, o que se traduz num desafio e aprendizagem constantes. Além disso, sou uma pessoa que gosta de comunicar e que adora Portugal, portanto é para mim um enorme prazer dar a conhecer o nosso país.

Como é o teu dia de trabalho?

O meu dia de trabalho nunca é igual, o que é fantástico. Apesar de existir um roteiro com paragens obrigatórias e um discurso mais ou menos previsto, há sempre situações que nos surpreendem. Quando faço um tour, numa primeira fase gosto de estabelecer contacto visual com os turistas, porque para mim é importante criar, ou pelo menos tentar criar, empatia com as pessoas, para que essa vertente humana não deixe nunca de estar presente, afinal de contas, vamos partilhar várias horas em conjunto. Ao longo do tour tento perceber as preferências do grupo e ajustar-me, sempre que possível. Para mim, é fundamental manter uma mente aberta, isto é, sem ideias pré-concebidas, até porque os seres humanos reagem de formas diferentes aos estímulos. Por exemplo, o facto de uma pessoa não fazer perguntas, não significa que não esteja interessada em saber, pode ser apenas uma pessoa tímida. E o mais importante, na minha opinião, é manter o foco no grupo, no que é melhor para o grupo, não deixando de dar importância ao indivíduo, mas nunca esqueço que tenho um conjunto de pessoas cujo bem-estar é a minha prioridade. E basicamente são estes os pontos essenciais no meu dia de trabalho.

Quais são os teus hobbies, como gostas de ocupar o tempo livre?

Gosto sobretudo de aprender coisas novas. Além disso gosto de ouvir música, cinema, ler e fazer ioga. Sempre que tenho oportunidade gosto de explorar um pouco mais o nosso país e tirar muitas fotografias! E adoro viajar, é o meu luxo pessoal!

Quantos países já viajaste até agora?

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De todos eles, qual foi a tua viagem favorita e a que te mais marcou e porquê?

Nova Zelândia. É um país com uma paisagem natural "sobrenatural", com sons, cheiros, cores e formas que parecem realmente ser de outro mundo. É de facto um país com uma natureza incrível, que nos faz sentir novamente crianças e a voltar a acreditar em magia. Foi um dos últimos países a sofrer o efeito da civilização e percebe-se isso facilmente, porque mantém uma grande parte do seu território em estado natural. Eu adoro natureza e passeios ao ar livre e na Nova Zelândia pude usufruir de tudo isso em segurança.

Qual a melhor experiência/tour que realizaste numa viagem?

Visita a uma colónia de pinguins, mais precisamente do pinguim-azul, que é o pinguim mais pequeno do mundo. Ao anoitecer os pinguins regressam do mar para os seus ninhos e o tour consistia em vê-los a chegar à praia e dirigirem-se para os ninhos. São umas criaturas muito pequeninas, com pouco mais de um quilo e cerca de 30 centímetros, e é impressionante vê-las sair das ondas e transpor os obstáculos de uma forma tão enérgica.

Qual a tua viagem de sonho a realizar? E que experiência procuras nessa viagem?

A minha viagem de sonho consiste em presenciar as auroras boreais, poder ver e ouvir este espectáculo de cores que é um fenómeno natural.

Qual a melhor companhia numa viagem para ti? com amigos, companheiro/a, família ou sozinho/a? E porquê?

Acho que depende bastante do destino, mas de uma forma geral, agrada-me bastante viajar sozinha, porque posso tirar mais proveito da viagem.

Destino cultural, praia ou natureza? E que atividades gostas de realizar?

Sobretudo natureza, mas também existem destinos culturais que me atraem. Gosto de fazer caminhadas, acho que é a melhor forma de explorar e conhecer algo, seja no meio da natureza ou numa cidade. Gosto de realizar actividades que me permitam conhecer um pouco mais sobre o destino em questão, sejam elas gastronómicas, musicais, tours, etc.

Se pudesses viajar no tempo, para que época viajarias e porquê?

Para a época dos descobrimentos! Porque foi uma época de aventuras, cheia de coisas novas para descobrir e explorar. Foi uma época de questionar o conhecimento que se tinha e testar novas possibilidades.

Qual a melhor experiência gastronómica que viveste em viagem?

É difícil responder a esta questão porque, até agora, sempre que viajei, regressei cheia de saudades da comida portuguesa. O único sítio em que comi todos os dias algo que me agradava foi quando estive em Marrocos.

Qual o meio de transporte mais gostas para viajar? Carro, Comboio ou avião? Porquê?

Para mim, depende de qual for o destino ou propósito da viagem. O carro dá-me total independência e liberdade para parar e visitar o que quiser, durante o tempo que quiser, mas é mais cansativo e dispendioso. O comboio ou autocarro permite-nos usufruir das paisagens, sem termos de nos preocupar com a condução, mas ficamos limitados em termos de horários e destinos. O avião tem a grande vantagem de ser o meio de transporte mais rápido quando viajamos para destinos distantes.

Qual o teu local favorito para visitar em Portugal ou Espanha, porque o recomendas?

Eu adoro a região do vale do Douro. Apesar de ter nascido e vivido grande parte da minha vida no coração do vale do Douro, continuo a sentir um enorme fascínio pela região. Tem uma beleza paisagística que é única no mundo: ao percorrermos as margens do rio Douro podemos observar os socalcos que rendilham as montanhas, que em dias de sol reflectem-se no rio e que em dias de nevoeiro deixam apenas adivinhar os seus contornos. Se observarmos o Douro de um dos seus muitos miradouros, podemos vê-lo serpentear entre as montanhas recheadas de vinhedos, e à hora do pôr do sol, em alguns locais, podemos compreender como o nome se adequa bastante ao rio. Além disso, é uma região que muda com as estações do ano, como se se tratasse de um desfile de moda: na primavera/verão predomina o verde; já no outono assistimos a uma amálgama de cores impressionante, como se fosse uma tela de um quadro preenchida com folhas castanhas, vermelhas, laranjas e douradas. E se mesmo assim não for suficiente, recomendo pela gastronomia típica da região, acompanhada por um dos melhores vinhos do mundo e servida com a hospitalidade tão genuína das gentes do alto Douro. Já para não falar que é o local ideal para os amantes de vinho.

Para ti, qual o prato, bebida e experiência que ninguém deveria perder ao visitar Portugal ou Espanha?

Cozido à portuguesa servido com o típico arroz de forno. Na minha opinião qualquer vinho português. A experiência é a visita ao vale do Douro, dado que é o local onde se situam as vinhas produtoras do vinho mais conhecido de Portugal.

18.Qual a tua experiência/tour da Living Tours favorito e porquê?

Douro Histórico. É um tour com tudo, na minha opinião. Tem um pouco de história, tradição, beleza natural e ao mesmo tempo criada pelo homem, visita e prova de um produto importantíssimo para a economia de Portugal. E muito importante: o almoço é excelente, num sítio com uma paisagem fantástica e comida típica.